quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O amor eterno está se aproximando
Das verdes relvas ao sol poente

Se espalha e se apresenta
Dentro em mim por todo eu
Fora sem mim e de dentro de fora
Do que nem sou meu.

O amor eterno me imbuí de si
Magia dum futuro ancestral.

De perto me avisto de longe
Vasto mais que se perde onde
O onde do porque, do talvez,
Tudo é triste e feliz como ninguém.

O amor eterno se-me elucida
Torna cristalino o denso do opaco.

Desforma-se coisa alguma
Desfaz-se algo nenhum
Se mostra invisível ver
Toca o intocável Ser.

O sutil amot eterno...
Sou-me aquilo tudo
Qual nada dizer-te pode.
Sou-te naquelas esquinas
Qual rua chegar-me nunca.
Mas caibo-me inteiro
Dentro da sílaba eu.
Sou-nos todos eus
E todos nós a vós te tornar!
Nada definir pode o nada
E toda a vida que brota aqui...
Nós mesmos:
A inexorabilidade
De nos tornarmos
O que já somos.

Nota

A Vida, como a Morte, são eternas e unas.
Exceto por opostas poderiam ser idênticas.
Sendo opostas, contrárias, são complementares
Entre as suas funções: a de emitir e a de recolher.

Largo

Na noturna margem do Piracicaba
O céu até parece um velho mago
A magia anciã se desdobra
E o presente se revela
Como se nunta tivesse existido.

O som de samba ecoa no vazio
E as conversas se despersam pelo ar
Os corações divididos se ajuntam
E os pulmões se enchem da fumaça
Que, aos poucos, me mata.




Ivan M e Larissa Blanco
Foi neste amangecer
Quando quanto volter a ser.
O fogo da noite elucidou-me
E as cinzas foram-se ao léu...
Sou um daqueles dias
Nas manhãs de primaveras
Na infância de outro dia.
Sou o rastro da noite adormecida,
Sou o sol espiando pela colina.
A liberdade chega: a Poesia vem!
A gente é liverdade viva
E a poesia na gente têm.
Resistimos e vivemos um pelo outro
A simplicidade será nossa guia,
A paz nosso governo
E o amor é nosso poder!